O que há alguns anos era tratado como ficção científica no universo automotivo começa a fazer parte da nossa realidade.

Carros que andam sozinhos, movidos a eletricidade ou que interagem com os motoristas já estão entre nós.

Mas que tal um veículo voador, sonho de infância de muitos que se torna cada vez mais essencial em tempos de trânsito caótico?

Esse sonho está mais próximo. A empresa de engenharia eslovaca AeroMobil desenvolve há mais de 20 anos um veículo híbrido de carro e aeronave.

Após diversos protótipos, a empresa passou a aceitar reservas para o AeroMobil 4.0 desde 2017, com as primeira entregas prometidas para 2020.

O carro voador também será oferecido no Brasil. A AeroMobil registrou na última semana a patente do veículo no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).

A empresa confirmou a informação: “Sim, planejamos vender o AeroMobil 4.0 globalmente, inclusive no mercado brasileiro.

Atualmente estamos passando pelo processo de certificação do veículo junto ao EASA  (Agência Europeia para a Segurança da Aviação) e continuaremos a atender os trâmites das agências nacionais de aviação de todo o mundo”, afirma Stefan Vadocz, diretor de comunicação da AeroMobil.

É um sonho, porém, para poucos. A princípio, apenas 500 unidades estarão disponíveis aos consumidores, a um preço que varia entre 1,2 e 1,5 milhão de euros – algo entre R$ 5 milhões e R$ 6,5 milhões na atual cotação, sem contar as taxas de importação.

O AeroMobil 4.0 é equipado com um motor 2.0 boxer de quatro cilindros (proveniente da Subaru), que na estrada desenvolve potência de 110 cv e lhe dá uma autonomia de 700 km.

A velocidade máxima chega aos 160 km/h e a aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 10 segundos.

Enquanto roda como um carro com as asas fechadas, o sistema de tração dianteiro é elétrico. Já a transmissão adaptativa oferece funcionalidade de deslocamento em terra e acionamento direto durante o voo.

No ar, o motor gera 224 kW, o equivalente a 300 cv. A autonomia chega aos 750 km e a velocidade máxima é de 360 km/h, sendo que a velocidade de cruzeiro é de 259 km/h.

O veículo pode decolar e aterrissar em locais habilitados para pequenas aeronaves, mas é preciso ter licença de piloto para conduzi-lo.

É uma proposta interessante, mas talvez o sonho tenha demorado muito para se tornar realidade. Com as tecnologias presentes atualmente no mercado, como drones que fazem voos de forma autônoma, sem a necessidade de um piloto, o carro voador corre o risco de se tornar obsoleto em breve.

Vide o projeto nascido em uma parceria entre Audi, Airbus e ItalDesign, o Pop.Up Next.

O serviço de mobilidade futurista que combina carro elétrico e drone ainda levará alguns anos para ficar pronto; deve sair do papel por volta de 2030.

Fonte: Quatro Rodas.